Era tudo uma questão de salve-se quem puder,o que ficar por baixo do pano sem ninguém saber seria o melhor apartir daquele momento e as vezes vem um vento,leva o pano dai já era.Ela acreditava que poderia recomeçar do zero,com os mesmos sentimentos,os mesmos sorrisos,os mesmos beijos e abraços e que acreditava também que isso seria recíproco.Quanto à ele?Bom,ele já pensava em demonstrar coisas que não sentia e conseguir destruir tudo aquilo que ela queria que voltasse a ser o mesmo ou até mais.
O tempo passou,ela foi conquistando ou pelo menos imaginou que havia retomado tudo aquilo que tinha se perdido,ele sempre representava ter um coração de pedra até certo ponto.As palavras começaram a serem ditas com tal intensidade que já não dava pra saber se era da boca pra fora,ou não.E o vento acabou soprando,na direção contrária da situação;ainda havia alguns retalhos pra não deixar aquilo a mostra.Ela preferiu demonstrar que a vida continuava a mesma,e que nada tinha mudado,ele fez o mesmo.
Ela decidiu tirar um peso,abrir o jogo e contar que viu a sujeira que tinha embaixo do pano,ele por um segundo não acreditava que ela seria capaz de perdoar,ela seria;ela foi.
Enfim,ela pensou muito em qual seria a decisão,aliás não seria algo tão fácil.Para vida de ambos aquilo já era algo remoto,tão remoto que pra ela já não se importava mais,ah se ela não tivesse aprendido que pessoas são feitas de carne e osso e com todo esse conjunto sempre acompanha um sentimento chamado perdão,ela também aprendeu a usá-lo e recomeçar mais uma vez do zero,mas dessa vez sem panos nem retalhos pra esconder a sujeira.
Andressa Gasparin.
